sexta-feira, 16 de setembro de 2011

N. SRA. DE CZESTOCHOWA




Seguidas vezes, São Lucas Evangelista visitava a Virgem Maria. Numa dessas ocasiões, que ele pintou sua imagem. Diz a lenda que ele, ao iniciar a pintura do rosto da Virgem Maria, deteve-se pensativo, procurando exprimir da melhor forma possível toda a beleza da Mãe de Deus. Profundamente recolhido, cochilou e adormeceu por um momento, e acordando, surpreendeu-se ao encontrar o quadro pronto, no qual o rosto de Maria, de celestial beleza, estava pintado. Este quadro ornamentou capelas particulars de muitos castelos. Ladislau, Príncipe de Opole - Polônia - encontrou o quadro e o colocou no castelo da cidade de Belz, que tempo depois foi invadida pelos Tártaros que atacaram o castelo. Ladislau, com sua gente, defendia-se de forma heróica dos invasores muito mais numerosos. Vendo que seus esforços eram inúteis, Ladislau recorreu à proteção de Maria e, prostrando-se diante do Quadro Sagrado, pediu socorro, que lhes veio sem demora. O Príncipe, grato pela ajuda milagrosa, decidiu levá-lo à Opole, capital de seu Principado. Contudo, por desígnio de Deus e vontade de Maria, resolveu deixar o quadro numa capela situada na colina chamada Jasna Góra (Monte Claro) , perto de Czestochowa. Em agosto de 1382, o Príncipe Ladislau confiou o quadro milagroso aos Frades Paulinos, seus fiéis guardiões. A pedido de Ladislau Jagiello, rei da Polônia e Lituânia, o Papa Martinho V, pela bula de 27 de novembro de 1429, enriqueceu o Santuário de Jasna Góra com diversas indulgências e com a bênção papal. Desde o primeiro dia da chegada do quadro da Virgem Maria à terra polonesa o povo recorre à Nossa Senhora , pedindo saúde, consolo e graças espirituais. Peregrinações das mais longínquas localidades do país e mesmo do estrageiro chegavam à Jasna Góra em busca de socorro material e espiritual. Confortados pela ajuda recebida, expressavam sua gratidão, oferecendo ao Santuário donativos em ouro, pedras preciosas e dinheiro. Também Jadwiga, rainha da Polônia e seu marido, o rei Ladislau Jagiello e os dignatários da corte, faziam ricas doações à Nossa Senhora. Ornada com tantas jóias de alto valor, o quadro milagroso tornou-se objeto de cobiça por parte dos ateus, dos infiéis e dos assaltantes, numerosos naquela época. Na madrugada do dia da Páscoa do ano de 1430, o Santuário foi repentinamente invadido por bandidos. Arrancaram o quadro do altar, com todas as jóias, cálices e ouro, jogaram tudo numa carroça e puseram-se em fuga. Por descuido, o quadro caiu da carroça e o quiseram recolocar, mas não o conseguiram. O chefe dos bandidos percebendo o que acontecera e sem conseguir recolocar o quadro na carroça, com medo de ser apanhado, encolerizou-se, golpeou-o diversas com a espada e fugiu do local. Ao chegar os soldados, peregrinos e frades, encontraram o quadro partido em tres pedaços e o rosto de Nossa Senhora dolorosamente ferido. Famosos pintores foram chamados para restaurá-lo, mas nenhum o conseguiu. Quando todos desistiram, um jovem veio até o rei e com toda simplicidade declarou: "A Mãe de Deus, não quer que sejam apagadas essas cicatrizes". Dito isso, pediu-lhe que lhe desse licença para concluir a restauração do quadro. Antes de restaurar, o jovem passou a noite em oração. Concluido o trabalho, o jovem pintor simplesmente desapareceu e nunca mais foi visto. Em 1656, Nossa Senhora de Czestochowa foi declarada pelo papa, Rainha da Polônia.



26 de agosto, é o dia consagrado à Nossa Senhora de Czestochowa, no Brasil conhecida como Nossa Senhora de Monte Claro. Ela é conhecida como a Senhora Negra por causa da fuligem acumulada sobre sua superficie , fruto de séculos de velas votivas queimadas junto a ela.

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